1501 – Em entrevista coletiva em frente ao Palácio da Alvorada, o pres

Em entrevista coletiva em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente atacou a imprensa mais de uma vez e chamou a TV Globo de “TV Funeral”:
“É pancadaria na imprensa. Nós sabemos que muitos de vocês (repórteres) não têm culpa do que acontece. É o editor lá que faz as suas mexidas. Cá pra nós, vocês perderam mais de um bilhão por ano com propaganda oficial. O desmonte está sendo terrível
[…] Eu lamento a imprensa só tem notícia ruim. Raramente tem alguma notícia na imprensa. O tempo todo, tal tal tal, mas… e pancada o tempo todo.
[…] E mais uma vez, entre tantos e tantos apelos que faço à imprensa: por favor, vendam a verdade. Não fiquem pinçando pedacinho aqui e acolá, para atacar. Se a economia for bem, vocês não precisam de propaganda oficial do governo. O cara que vende carro, casa, vai anunciar lá no jornal de vocês. Todo mundo vai ser feliz. Se vocês vendessem a verdade, o Brasil seria diferente. Vocês não tiveram de mim até o momento uma vírgula pra censurar a imprensa (…) Controlavam a imprensa com grana. Não vou fazer isso, porque eu respeito a imprensa, apesar da imprensa muitas vezes, não respeitar a mim e a minha família.
[…] A imprensa não pode continuar pegando informação de um mané hoje, transformar em verdade hoje a noite e condenar a pessoa. Tudo que fala Bolsonaro é porrada o tempo todo. Venham pra cima de mim, porra! Me acuse de qualquer coisa, esqueça a minha família, deixa a Justiça decidir a questão dos meus filhos, que não interfere na política. Jornal Nacional essa semana: ‘Flávio Bolsonaro transfere 500 reais de verba pública para advogado’. Ah, vá plantar batata, pô! Que verba pública é essa? Deixa as coisas acontecerem. (…) Obviamente, por que fazem isso? Porque inibe algum juiz, desembargador, inibe algum, tendo em vista a pressão da mídia, a me condenar mesmo sendo inocente.
[…] A maior covardia que fizeram com a minha mãe. Uma revista, não sei se conhecia o nome dela, da Rede Globo. Passou há 5 anos em Miracatu. Entrevistou minha mãe que na época tinha 87 anos. Perguntou pra minha mãe, primeira pergunta gravando. Dona Olinda, uma senhora com 7 filhos, do interior de São Paulo, mal vê televisão, cadeira de roda, não sabe, acho que nem sabe que eu sou Presidente da República. ‘Dona Olinda, o Jair era de falar besteira?’ ‘Não, o Jair não era de falar besteira’. Manchete da revista: ‘Dona Olinda: Jair não era de falar besteira’. Como se agora eu falasse besteira. É uma covardia o que vocês fazem! Covardia mexer com a minha mãe, que agora tem 93 anos de idade. Que imprensa é essa, meu deus do Céu! Que vocês querem com isso, que covardia é essa?!
[…] Vocês vão recuperar os 25% que vocês perderam. Não tô feliz não, é ironia né. Vocês mais divulgam só notícia ruim. Que horas são… já tem 12 minutos que tá no ar a tv funerária. TV Globo. TV Funeral. Morreu mais tantos… aquela cara lá de freira arrependida. O outro lá, o William Bonner: ‘Morreu não sei quem lá…’ Tô até hoje aguardando a resposta dele se o Roberto Marinho era ditador ou democrata.”