1028 – Luiz Carlos Barbon Filho foi morto por dois homens que estavam e

Luiz Carlos Barbon Filho foi morto por dois homens que estavam em uma moto. Segundo testemunhas, os criminosos chegaram e atiraram. A vítima foi atingida por dois tiros de espingarda calibre 12. Barbon havia denunciado o esquema de aliciamento de menores na cidade de Porto Ferreira (a 228 km da cidade de São Paulo) envolvendo quatro empresários, cinco vereadores e um garçom de Porto Ferreira. O caso ganhou repercussão nacional, mas os vereadores e os empresários foram libertados. Apenas o garçom Walter Mafra, que organizava as festas com a participação de meninas menores de idade, permaneceu preso. Um dos empresários acusados ainda está foragido. A vítima era constantemente ameaçada e chegou até a desligar o seu telefone fixo, devido aos inúmeros telefonemas ameaçadores que recebia. Barbon colaborava com a Rádio Porto FM e tinha colunas no Jornal do Porto e JC Regional. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo ressaltaram que a morte Barbon exige uma reflexão profunda sobre o atual estágio de fragilidade social à qual está exposta a profissão de jornalista e grande parte da população. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro emitiu nota exigindo que assassinato de Luiz Carlos Barbon Filho fosse esclarecido o mais rapidamente possível. O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, encaminhou telegrama ao governador de São Paulo, José Serra, pedindo a sua “intervenção para apuração rigorosa e eficaz” do assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sediado em Nova York (EUA), pediu às autoridades brasileiras para que investiguem a fundo o assassinato de Luiz Carlos Barbon Filho e levem os responsáveis à justiça. A entidade lembrou que o Brasil já ocupa o 12º país mais perigoso do mundo para a imprensa, com pelo menos 14 jornalistas mortos em conseqüência direta com seu trabalho desde 1992. Passados mais de cinco meses da execução de José Carlos Barbon Filho os primeiros acusados foram presos. Segundo informações preliminares, os presos seriam ou foram policiais militares.